domingo, 20 de fevereiro de 2011

Momento de despertar do país dos sonhos, antes que vire um pesadelo

Alguns iluminados alegam que fazer oposição não significa necessariamente se opor ao governo.
Eu concordo com essa tese, em termos.
O que eu sempre admirei no PSDB é justamente a postura sensata e afirmativa, no sentido de apoiar o que é favorável à sociedade, independentemente da paternidade do projeto.
Isso é didático e serve como base para a formação da mentalidade que conduz à evolução do ser humano, que não se restringe ao acesso aos bens materiais e ao desenvolvimento econômico e tecnológico.
O comportamento humano deveria acompanhar essa evolução.
Infelizmente, muitos ainda não estão preparados para entender essa possibilidade.

Nessa orientação, o PSDB seria mestre se não permitisse que seus adversários seguissem tranquilamente no sentido oposto, enaltecendo a mediocridade e incentivando reações hostis, até violentas, para monopolizar o poder.
Não podemos esquecer que o partido do governo foi radicalmente contra tudo o que agora alardeia como seu, principalmente o Plano Econômico e os Programas Sociais.
Agora tentam desqualificar a oposição simplesmente por exercer democraticamente o seu papel.

Dizem que José Serra não tinha programa de governo durante a campanha, meu Deus, os programas que deram certo no Brasil devem ser registrados como uma revolução que mudou a cara do país e foram lançados nos anos noventa, com a participação de José Serra.

O Senador Álvaro Dias apresentou um argumento incontestável num debate com um petista, no programa Canal Livre da Band, e o interlocutor ficou sem resposta.

"O governo do PT usurpou os programas do nosso partido e o PSDB é que tem que inventar outra coisa?"

Quando exigimos comportamento digno de oposição é justamente para que os tucanos tenham coragem de se posicionar, como faz o senador AD, defender o que é seu e desmascarar o que é mentira.

Alguns espaços de participação democrática questionam o cidadão sobre o que espera da oposição.
Precisa perguntar?

Fiscalizar as ações do governo, ficar atento aos desvios, denunciar crimes de corrupção e exigir a devida punição, revelar os verdadeiros índices mascarados pelas manobras nas metodologias e pelos malabarismos contábeis, eleger prioridades que beneficiem a população e aperfeiçoar a comunicação com a sociedade são alguns exemplos do que queremos e precisamos.

Nunca o governo brasileiro arrecadou tanto dinheiro como nessa primeira década do século XXI.
O mundo prosperou e multiplicou seus negócios.
O Brasil, mesmo na lanterna, acompanhou e se benificiou desses resultados.
O setor privado, especialmente o agronegócio, tem feito por merecer todos os louros do sucesso da economia, os lucros dos poderosos e os ganhos dos investidores se multiplicaram e o que sobrou para o cidadão comum além de dívidas?

O aproveitamento na onda desse crescimento mundial não aconteceu como deveria, não houve melhorias na qualidade de vida do povo, acho que piorou, mas essa condição ainda não é tão percebida devido à sensação de satisfação produzida pela facilidade para o endividamento, o que chamam de acesso ao crédito.

A propaganda e a bajulação da midia potencializam essa sensação e para um povo anestesiado e iludido um pesadelo até parece sonho.

O olhar crítico é necessário porque a Ilha da Fantasia está afundando.
Os tucanos ainda não entenderam que os boatos maldosos, com linguagem coloquial e até chula, repercutem com mais rapidez e eficiência do que a retórica elevada.
Neste cenário, sem apelar nem baixar o nível das discussões, há de se encontrar um caminho para tocar na essência de cada ser humano que clama por mudança, mas não entende que isso depende de suas escolhas.

Muitos brasileiros têm opinião própria, discernimento e noção de realidade, a verdadeira cidadania contrapondo as massas submissas, mas ainda não é o suficiente para chegarmos ao Brasil que queremos e merecemos.

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